Obrigado Barak!!!
- Catarina Sousa Soares
- 20 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
20 de Agosto ||
Hoje foi o último dia de missão em Baucau. Por isso, foi um dia de muita nostalgia e emoção.
Há nos timorenses qualquer coisa que nos contagia, nos enfeitiça e não nos deixa despedir e voltar a Portugal sem um nó na garganta e sem lágrimas nos olhos. Os timorenses explicam que é da água de coco e a imposição os dos famosos “tais” (lenço tradicional) que nos prendem a Timor, mas não nos parece...
Ao longo destes dias, fomos conhecendo o olhar intenso, o sorriso aberto e transparente, o entusiasmo no acolhimento, a emoção na despedida e o carinho que são tão característicos de cada timorense. Tudo isso é tão forte em amor e gratuidade, que o evangelho parece estar encarnado neste país em que todos vivem como irmãos.
Testemunhamos nos timorenses uma sabedoria muito especial, e que nos parece rara em Portugal: A capacidade de estar inteiro com os outros, sem pressas, distrações correrias e interrupções e a arte especial de estar sempre mais preocupado em estar a caminho com os outros do que em chegar mais longe no próprio caminho.
De tal maneira foram assim connosco que nos habituamos a viver em Baucau como uma grande família luso-timorense. Fomos cuidados e acarinhados com o melhor que que tinham para nos dar, e apesar de termos tentado dar o máximo de cada um, partimos de coração a rebentar de quase-cheio... Muito mais cheio do que quando chegamos.
Quase cheio, porque ficam cá muitos irmãos amigos, que vamos lembrar com muita saudade! Afinal, a “saudade” é uma herança que partilhamos com os timorenses e uma palavra que não precisa de tradução para ser percebida...
Obrigada Barak Baucau! Obrigada Barak Timor! Até breve!
E assim o grupo parte na longa viagem de regresso,
1ª etapa - Dili | Bali;
